segunda-feira, 20 de abril de 2015

A DOR NUMA VISÃO DIFERENTE

A DOR NUMA VISÃO DIFERENTE Adésio Alves Machado
Crer que pode fugir da dor, libertar-se da dor, es quecer-se da dor é uma manifestação atavicamente entendida na vida da gran de maioria da humanidade. Porque, também, é uma atitude por demais simplista, acomoda tícia que não oferece solução ao magno problema que assinala o ser humano Orando, preceituam muitas das religiões vigentes n o Cristianismo, encontrar-se- iam a liberação das águas tempestuosas do sofriment o. Na prece seria encontrada a liberação pura e simples da tumultuosa dor, como se a Providência Divina exercesse o papel de acumular solicitações para de imediato ate ndê-las indiscriminadamente, longe de analisar a questão profunda do mérito e do demér ito. Há, ainda, os vinculados às correntes materialista s ou científicas, cujo caráter se acha entorpecido pela descrença na vida imortal, e assim, julgam-se capacitados a anular o passado culposo e suficientemente fortes para lib ertar os infratores, dispensando-lhes de responder pelos delitos contra a Perfeita Lei. Por esses o prazer é buscado avidamente, sem que, no entanto, logrem atender a sede do gozo, fugindo, então, para os escorregadios labirintos das drogas enlouquecedoras, procurando, através delas, a exalt ação da felicidade a que se julgam merecedores usufruir. Contudo, a dor continua imperturbável, ela que é a servidora da alma, sacudindo e despertando as mentes, no afã de realizar aquilo qu e é divino - a manutenção do equilíbrio da Lei. Emerge ela aqui e ali, com mil aparências, mas sem pre mostrada numa identidade que muitos poucos ousam escutá-la e procuram entend ê-la. Para encará-la surgiu em épocas remotas o estoicis mo, tendo como ponto básico de apoio o desprezo pelos bens terrenos, o qual, al iado ao culto das virtudes promoveria o equilíbrio do homem, valorizando-o e potencializa ndo-o para vencer a dor, pois desta forma, poderia enfrentá-la com nobreza e fé. Sócrates foi um exemplo de estoicismo, quando enca rcerado após vil julgamento, preconizava, mesmo da prisão, o cultivo da moral e da virtude como únicos meios para se transpor o acúleo da dor. O pobrezinho de Assis, Francisco, experimentou zom baria, humilhações mil, porém manteve a força pulsante do amor em seus atos e palavras exercitando as virtudes cristãs, nunca deixando de bendizer a dor. As Vozes encarceraram Joana D’Arc, e ela, estimula da pelos Veneráveis amigos espirituais, que nunca deixaram de conduzi-la pacie ntemente, suportou a dor do cárcere, o opróbrio e após infamante julgamento, foi mais um a a morrer queimada, mas chamando por JESUS, crendo nEle, com isso superando a dor. Afirma soberana Joanna de Ângelis que a dor é moed a de resgate, exercício para fixação do bem e alta concessão divina. Vivesse o homem ausente da dor ignoraria a paz, nã o levaria em consideração a necessidade da alegria e maldiria a saúde, perdendo , desta maneira, a inestimável oportunidade de exercitar lições para que o bem fiz esse morada definitiva em sua tela mental. Estejamos onde estivermos, na cadeira de rodas; no s tormentos morais; nas limitações dos objetivos; nas sombrias convivências familiares, sociais e trabalhistas; diante da dor no corpo, na mente e na alma, onde qu eime a brasa da dor, esforcemo-nos por agradecer a DEUS o ensejo de reaprender e repar ar. Não deixemos nunca de considerar que, enquanto a d or nos queima, milhares, milhões de irmãos em humanidade lançam-se desabrida mente pelos estreitos caminhos da irresponsabilidade, conduzidos pela loucura do g ozo insaciável. Acalmemo-nos, mesmo que a dor esteja nos vergastando. O Amigo Incondicional de todas as horas, JESUS, el egeu a dor como a companheira de seus dias terrenais e aproveitou, at ravés dela a nos deixar um precioso ensino, sem nunca recorrer ao verbalismo nem à retó rica, mostrando que se pode ser feliz em todos os instantes, sem nunca deixar de ex altar o amor e a bondade como roteiro de iluminação. Amesquinhado, com o céu particular carregado de nu vens sombrias, carregando preocupações, diante de angústias ultrizes levantem os a cabeça e tornemos nossas mãos em asas de amor e paz e com elas, através do t rabalho no bem, louvemos ao Senhor da Vida, para que, assim, um dia alcemos vôo às Regiões da libertação plena após resgatarmos as nossas dívidas na contabilidade divina. Recebamos, pois, a dor com alegria, com amor e nun ca descoraçoemos nem entremos em desvario. Apoio Joanna de Ângelis - livro “Dimensões da Verda de”, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

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